Notícias |28.03.2020

Conexão Mata Atlântica avança com incentivos de pagamentos por serviços ambientais no estado do Rio de Janeiro Projeto executado pelo Inea deve destinar R$ 1 milhão a produtores rurais até o final de abril

O projeto Conexão Mata Atlântica já beneficia, com a segunda parcela de Pagamentos por Serviços Ambientais (PSA), boa parte dos produtores rurais contemplados pela iniciativa. Os pagamentos começaram a ser realizados em janeiro deste ano e, até o momento, dos 162 produtores rurais contemplados, 128 deles foram autorizados a receber os incentivos, totalizando a liberação de cerca de R$ 798 mil.

A previsão é que, até o final de abril, os pagamentos da segunda parcela tenham sido concluídos, somando mais de R$ 1 milhão em recursos de PSA. O projeto Conexão Mata Atlântica é executado pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea), órgão vinculado à Secretaria de Estado do Ambiente e Sustentabilidade, em parceria com a Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária, Pesca e Abastecimento (Seappa).

Segundo a coordenadora geral do projeto e gerente de Gestão do Território e Informações Geoespaciais do Inea, Marie Ikemoto, o projeto tem se mostrado muito bem sucedido em integrar e harmonizar as políticas de meio ambiente e agricultura.

“Esses resultados nos alegram, pois provam que é possível produzir e conservar. Assim como os proprietários têm contribuído com ações de conservação e recuperação ambiental, observamos que os recursos do PSA têm feito a diferença para que eles consigam investir na melhoria dos negócios rurais e no aumento da renda”, ressaltou Ikemoto.

Para receber a segunda parcela, os produtores selecionados no primeiro edital precisam comprovar a realização das ações ambientais e a correta aplicação dos recursos da primeira parcela de PSA, realizada em 2019. Os beneficiários ainda terão mais dois ciclos de recebimentos de recursos até 2022, possibilitando investimentos e maior potencial de desenvolvimento sustentável em suas propriedades e também nas microbacias.

Investimentos

Os recursos deste segundo ciclo de pagamentos já começaram a ser aplicados pelos produtores rurais em inovações, insumos, equipamentos agrícolas e melhorias para o desenvolvimento do negócio rural.

O agricultor e pecuarista Ricardo Nunes, da Fazenda São Pedro, em Italva, investiu o recurso na recuperação do trator que estava parado.

“O trator vinha acumulando problemas há uns três anos. Desde a parte hidráulica, a caixa de marcha, embuchamento, pneus. E ele é essencial para o meu trabalho, nos serviços gerais na propriedade, para o preparo da terra para o plantio, roçada e também no preparo de canteiros para olericultura. Agora teremos um grande impulso na produção”, relatou.

Como Ricardo, muitos outros estão avançando com suas ações e projetos produtivos. Grupos locais (associações, cooperativas e organizações de proprietários rurais) também têm gerado ótimas iniciativas de investimento e desenvolvimento. Para o coordenador executivo, o momento atual do projeto mostra o quanto o mecanismo tem se apresentado como motivador na mudança da realidade das comunidades rurais.

As oportunidades e incentivos estão avançando e a intenção é possibilitar impactos positivos para o estado com um todo. Contudo, sempre mediante o comprometimento e participação dos proprietários e produtores rurais do estado como os principais agentes dessa mudança.