Na tarde da última terça-feira (10/11), os guarda-parques do Parque Estadual da Lagoa do Açu, administrado pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea), resgataram e devolveram à natureza um tatu-galinha adulto (Dasypus novemcinctus). Uma moradora do bairro Vila do Sol, em Campos dos Goytacazes, encontrou o animal saudável em casa e entrou em contato com equipe da unidade de conservação.

Após a verificação das condições físicas do animal, ele foi solto na zona de amortecimento do parque. Não é uma surpresa que os tatus-galinhas apareçam nas redondezas da unidade de conservação. Apesar de não estar ameaçado de extinção, a espécie, que ocorre em todos os biomas brasileiros, sofre por conta de incêndios, desmatamentos, atropelamentos e, principalmente, por caça. A finalidade é o uso da carne para alimentação humana, às vezes dos próprios caçadores, outras vezes para a venda da carne.

Segundo o guarda-parque Pedro Caetano, situações como esta, de moradores ligarem para reportar um resgate de fauna, são bastante comuns. “Cada vez mais os moradores estão tendo a consciência de nos comunicar, o que é de suma importância, pois somente profissionais qualificados são capazes de manusear e realizar qualquer procedimento com animais silvestres”, explica o guarda-parque responsável pelo resgate e soltura do animal e que trabalha nesta função há oito anos, sendo desde 2016 no Parque Estadual da Lagoa do Açu.

Não apenas tatus são comuns aparecerem perdidos na área do parque. A maioria das ocorrências são de ouriços-cacheiros, cobras e gambás. Caetano conta que, junto da equipe da unidade de conservação, já aconteceu de resgataram algumas capivaras e jacarés na orla da praia.

Com 8.251 hectares, o Parque Estadual da Lagoa do Açu abrange parte dos municípios de Campos de Goytacazes e de São João da Barra, no Norte Fluminense, e está aberto à visitação de segunda a domingo, das 8h às 17h.