Notícias |09.02.2022

Inea instala 40 placas em unidades de conservação da Região MetropolitanaParque Estadual do Mendanha e APA Gericinó-Mendanha ganham novas sinalizações com recursos advindos de um Termo de Compromisso de Compensação Ambiental

O Instituto Estadual do Ambiente instalou, nesta semana, 40 placas de sinalização e educação ambiental no Parque Estadual do Mendanha (PEM) e na Área de Proteção Ambiental (APA) Gericinó-Mendanha. Com recursos advindos de um Termo de Compromisso de Compensação Ambiental (TCCA), o material promove o fortalecimento do órgão ambiental estadual e das unidades de conservação em uma área estratégica da Região Metropolitana do Rio de Janeiro.

Das 40 placas instaladas, 14 estão localizadas na vertente norte do Maciço do Mendanha, na cidade de Nova Iguaçu. Já as 26 restantes se encontram na vertente sul, espalhadas nos bairros de Bangu e Campo Grande. Dentre os conteúdos encontrados nos materiais, estão advertências a respeito da proibição de queimadas, caça de animais e soltura de balões, além de avisos sobre o monitoramento da área verde por satélite e sinalização de vias e trilhas.

“A Zona Oeste foi esquecida por muito tempo, mas estamos mudando isso. A Secretaria do Ambiente e o Inea estão agindo intensamente pela valorização e manutenção da área e toda a biodiversidade ali encontrada”, afirma o secretário de Estado do Ambiente e Sustentabilidade, Thiago Pampolha.

Nas redes sociais, a população local demonstrou apoio à iniciativa com selfies ao lado das novas placas instaladas. “É notável o reconhecimento da sociedade civil em relação ao trabalho executado pelo Inea na região. Além disso, a área faz parte do circuito da Zona Oeste de ciclismo e mountain bike, mais um motivo para contarmos com um sistema de sinalização eficiente”, comenta o gestor do PEM, Anderson Coutinho.

No ano de 2021, o PEM e a APA Gericinó-Mendanha ganharam, pela primeira vez, Conselhos consultivos e deliberativos institucionalizados e compostos por membros da sociedade civil e do poder público. Os Conselhos têm como principal função garantir a transparência para a gestão das unidades de conservação, além de contribuir para a elaboração e implantação do Plano de Manejo, integração das UCs às comunidades, setor privado, ONGs e poder público, assim como a outras áreas protegidas do entorno.

Sobre as unidades de conservação

Criado em 2013, o Parque Estadual do Mendanha abrange a área metropolitana da cidade do Rio de Janeiro, em partes dos municípios do Rio, Nova Iguaçu e Mesquita. Tem como missão proteger e conservar um dos últimos grandes remanescentes florestais na região, tendo sido declarado como Reserva da Biosfera da Mata Atlântica pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), desde 1992.

O objetivo da unidade de conservação é manter esta área densamente florestada, com espécies biológicas raras e ameaçadas de extinção, bem como as nascentes de inúmeros cursos d’água contribuintes do rio Guandu, que abastece os municípios do Rio e região do Grande Rio, além de permitir a recuperação das áreas degradadas ali existentes e contribuir para a manutenção do clima local.

A Área de Proteção Ambiental Gericinó-Mendanha foi criada por meio do Decreto Estadual nº 38.183, de 5 de setembro de 2005 e abrange área de 7.972,39 hectares na Região Metropolitana do Rio de Janeiro. O local tem sua conservação vinculada a elementos de relevância física e natural, tais como as estruturas geológicas vulcânicas (vulcão de Nova Iguaçu e Chaminé Lamego); as duas grandes bacias hidrográficas da Guanabara e Baía de Sepetiba; os sistema de rios do Guandu, Iguaçu e Sarapuí; as florestas remanescentes de Mata Atlântica, detentoras de uma grande diversidade biológica (fauna e flora) e outros recursos naturais.