O Refúgio de Vida Silvestre Estadual da Serra da Estrela, administrado pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea), registrou pela primeira vez, em imagem, a onça-parda (Puma concolor) dentro dos limites da unidade de conservação. O animal, que já tem baixa população naturalmente, é uma espécie ameaçada pelo avanço da ação humana no habitat onde vive. O Refúgio de Vida Silvestre foi criado com o objetivo de proteger animais silvestres e plantas nativas da Mata Atlântica, na região da Serra da Estrela.
O monitoramento desses animais é feito desde a criação da unidade, em 2017, por meio de armadilhas fotográficas. Deste então, diversas espécies já foram registradas. O gestor da unidade de conservação, Eduardo Antunes, ressaltou a importância desse registro:
“Encontrar essa espécie torna possível saber que o ecossistema da região está saudável, uma vez que este animal é topo da cadeia alimentar, se ele consegue sobreviver ali, é porque o ambiente proporciona condições para isto” disse ele.
Atualmente, o Refúgio da Vida Silvestre Estadual da Serra da Estrela realiza um trabalho de conservação, com foco no sagui-da-serra-escuro (Callithrix aurita), macaco endêmico da Mata Atlântica, ameaçado de extinção.
O refúgio, localizado na Região Serrana do Rio, é a unidade mais recente criada no estado. É responsável por formar um corredor ecológico entre duas grandes unidades de conservação federais: a Reserva Biológica do Tinguá e o Parque Nacional da Serra dos Órgãos.