Notícias |21.11.2019

Onça-parda é registrada pela primeira vez no Refúgio de Vida Silvestre Estadual da Serra da Estrela, do IneaA unidade abriga diversos animais ameaçados de extinção, além de conectar duas grandes unidades federais da Região Serrana

O Refúgio de Vida Silvestre Estadual da Serra da Estrela, administrado pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea), registrou pela primeira vez, em imagem, a onça-parda (Puma concolor) dentro dos limites da unidade de conservação. O animal, que já tem baixa população naturalmente, é uma espécie ameaçada pelo avanço da ação humana no habitat onde vive. O Refúgio de Vida Silvestre foi criado com o objetivo de proteger animais silvestres e plantas nativas da Mata Atlântica, na região da Serra da Estrela.

O monitoramento desses animais é feito desde a criação da unidade, em 2017, por meio de armadilhas fotográficas. Deste então, diversas espécies já foram registradas. O gestor da unidade de conservação, Eduardo Antunes, ressaltou a importância desse registro:

“Encontrar essa espécie torna possível saber que o ecossistema da região está saudável, uma vez que este animal é topo da cadeia alimentar, se ele consegue sobreviver ali, é porque o ambiente proporciona condições para isto” disse ele.

Atualmente, o Refúgio da Vida Silvestre Estadual da Serra da Estrela realiza um trabalho de conservação, com foco no sagui-da-serra-escuro (Callithrix aurita), macaco endêmico da Mata Atlântica, ameaçado de extinção.

O refúgio, localizado na Região Serrana do Rio, é a unidade mais recente criada no estado. É responsável por formar um corredor ecológico entre duas grandes unidades de conservação federais: a Reserva Biológica do Tinguá e o Parque Nacional da Serra dos Órgãos.