Notícias |22.11.2022

Parque Estadual da Serra da Tiririca ganha livro em homenagem aos 30 anos de existênciaAdministrado pelo Inea, a unidade de conservação foi intitulada Reserva Mundial da Biosfera pela Unesco

Na última quinta-feira (17/11), o Instituto Estadual do Ambiente (Inea), participou do lançamento do livro ”Parque Estadual da Serra da Tiririca: 30 anos”. A obra comemorativa produzida pela DB Editora e pela Concessionária ECOPONTE reconta as três décadas de criação da primeira unidade de conservação do país fruto de iniciativa popular.

O evento, que aconteceu na Ilha da Conceição, em Niterói, contou com a presença do presidente do Inea, Philipe Campello, e do gestor do parque, Ricardo Voivodic.

“O Parque Estadual da Serra da Tiririca carrega um forte histórico de atuação na conservação da biodiversidade da Mata Atlântica e este livro vem para eternizar o resultado de 30 anos de trabalho incansáveis. É gratificante receber essa homenagem e saber que mais pessoas poderão conhecer a história desta importante área do Estado do Rio de Janeiro”, afirmou Philipe Campello.

Ilustrada com grandes fotografias, a obra aborda a atuação do Inea na administração do parque e descreve o processo de luta de ambientalistas, moradores da região, biólogos e movimentos sociais locais para protegê-lo. Por sua biodiversidade, o parque se tornou um patrimônio natural reconhecido internacionalmente pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco) como Reserva Mundial da Biosfera.

O projeto engloba, além dos meios de acessibilidade para inclusão, o acesso à leitura democratizada por meio da distribuição gratuita de 20% dos exemplares impressos para bibliotecas, escolas e universidades públicas, além da hospedagem em página aberta na internet para leitura e download gratuitos. A publicação está disponível aqui.

Sobre o parque

Criado em 1991 e com área de 3.942 hectares, o Parque Estadual da Serra da Tiririca abrange partes dos municípios de Niterói e Maricá, na Região Metropolitana do Rio. Na unidade de conservação, que surgiu a partir da mobilização de movimentos ambientalistas e comunitários, estão inseridas uma parte terrestre e outra marinha, que é a Enseada do Bananal, além dos territórios insulares das ilhas Pai, Mãe e Menina.

Um dos principais atrativos do parque é a Trilha do Caminho de Darwin, assim denominado por ter sido explorado pelo naturalista britânico Charles Darwin e registrado no diário de bordo, em 1832. Com aproximadamente 2,5 quilômetros de extensão, o percurso começa no bairro do Engenho do Mato, em Niterói, e termina no bairro Itaocaia Valley, no município de Maricá.

O nome do parque tem origem na designação genérica da cadeia montanhosa entre Niterói e Maricá onde a primeira porção da UC foi criada, antes das sucessivas ampliações que lhe dão o atual contorno. Ela é formada por pequenos morros chamados Catumbi, Cordovil, Telégrafo, Elefante e Costão. No passado, quando o transporte de cargas se dava no lombo de burros, a travessia de Niterói para Maricá era realizada por um caminho repleto de plantas da família das Cyperaceae, popularmente chamadas de tiriricas, fato que acabou dando nome à serra — outrora batizada de Serra de Maricá.