Notícias |01.07.2016

Projeto De Olho no Lixo promove mutirão de limpeza na Estação Elevatória de São Conrado

Os agentes socioambientais do Projeto De Olho no Lixo participaram, nesta quinta-feira (30/06), de um mutirão de limpeza na Estação Elevatória de São Conrado, na Zona Sul do Rio, onde recolheram 640 kg de resíduos em apenas quatro horas de trabalho.

O Projeto De Olho no Lixo é desenvolvido na comunidade da Rocinha pela Secretaria de Estado do Ambiente, em parceria com a Instituição Viva Rio Sócio Ambiental e a Associação de Supermercados do Estado do Rio (Asserj) e se propõe a ampliar a mobilização para o descarte correto de lixo e, principalmente, fomentar a cadeia de reciclagem com a geração de renda local.

Os primeiros resultados do projeto piloto de limpeza, conscientização ambiental e estímulo à cadeia produtiva de reciclagem foram apresentados à população pelo secretário estadual do Ambiente, André Corrêa, no dia 16 de junho, em um evento realizado na quadra poliesportiva Roupa Suja:

“O grande desafio de um programa como esse é fazer com que a comunidade se aproprie, tenha um sentimento de pertencimento com a iniciativa para que ela tenha continuidade por muito tempo. Reunimos um conjunto de atores para tratar da questão do manejo do resíduo sólido, e o grande diferencial é essa construção conjunta, participativa, mas, só vamos ter um avanço se contarmos com a colaboração dos moradores”, afirmou o secretário André Corrêa.

Com as mãos na limpeza desde o início de maio, os agentes socioambientais contratados, moradores da favela, já removeram 95 toneladas de lixo das ruas, vielas e valões da comunidade em 40 dias de trabalhos. Até o momento, o material coletado está sendo disposto em áreas de transbordo da Comlurb, mas posteriormente o lixo passará por uma triagem, sendo encaminhado a cooperativas de catadores, estimulando a inclusão sócio produtiva. Na última terça-feira (28/06) foi realizada a primeira reunião para a formação da cooperativa de resíduos apoiada pelo Projeto De Olho no Lixo e que contou com as presenças dos agentes socioambientais que atuam no projeto.

Outro destino dos resíduos serão os projetos de reaproveitamento da SEA, como o Ecomoda, de confecção de roupas, e o Funk Verde, de produção de instrumentos musicais, ambos com unidade na Rocinha. Dessa forma, o passivo ambiental que hoje oferece riscos de contágio de doenças se transforma em arte e cultura para os próprios moradores.

Com o desafio de mudar um cenário antigo, de acúmulo de lixo na favela, o projeto já beneficia inclusive a Praia de São Conrado, que recebe grande aporte de resíduos descartados em córregos e valões que cortam a Rocinha.

Com duração de 30 meses, o projeto ainda prevê a implantação de uma Central de Triagem de Resíduos (CTR) que promoverá inclusão sócio produtiva, com a formação de agentes socioambientais para uma auto-gestão do espaço. Um legado que ficará para a população de mais de 60 mil moradores da comunidade.