Notícias |26.05.2022

Secretaria de Estado do Ambiente e Sustentabilidade e Inea realizam operação para combater desmatamento ilegal em Campo Grande

Desmatamento ilegal e construções irregulares foram os alvos de uma operação deflagrada nesta quinta-feira (26/5), pela Secretaria de Estado do Ambiente e Sustentabilidade, por meio da Superintendência de Combate aos Crimes Ambientais, e pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea), em Campo Grande, na zona oeste da cidade. A ação contou com o apoio do Comando de Polícia Ambiental (CPAm) e da Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA) e foi realizada a partir dos alertas de desmatamentos emitidos pelo Programa Olho no Verde (monitoramento, via satélite, da Mata Atlantica em território fluminense.

Após a previa identificação do local, os técnicos e os agentes se deslocaram para uma área situada na zona de amortecimento do Parque Estadual da Pedra Branca, unidade de conservação administrada pelo Inea, e constataram supressão ilegal de vegetação, corte de encosta, movimentação de solo, terraplanagem e construção irregular.

A obra foi embargada e uma pessoa foi detida e conduzida para a DPMA onde prestou esclarecimentos. Ele será multado e responderá por crime ambiental por realizar obra sem licença , afetando Área de Preservação Permanente (APP) de curso d’agua.

“Ações como essa desencadeadas com o apoio das forças de segurança contribuem para que possamos chegar em qualquer local do Rio e assim cumprir o nosso objetivo que é coibir os crimes ambientais”, disse o secretário de Estado do Ambiente e Sustentabilidade, José Ricardo Brito.

Programa Olho no Verde

O objetivo da iniciativa é verificar e fornecer informações estratégicas para subsidiar e orientar o combate ao desmatamento  ilegal  em  território fluminense, a partir do monitoramento, por meio de imagens via satélite, de remanescentes de Mata Atlântica. Com base nas informações obtidas pelo sistema de satélites desde o início do projeto, em 2016, foram realizadas mais de 1,3 mil vistorias em áreas que totalizam quase 4,9 mil m².

Os alertas são recebidos quinzenalmente pela secretaria e enviados para a sala de situação, criada para a validação de cada alerta individualmente.

Ao receber o alerta, a equipe avalia o histórico de uso e cobertura, condição de acesso ao alerta, existência de cadastro na área, histórico de vistorias do Olho no Verde na região, entre outros critérios, para validá-lo e enviá-lo à equipe de fiscalização mais próxima. Além da imagem do antes e do depois da área desmatada, os alertas também fornecem informações úteis para as atividades de campo como a precisão da localidade e a melhor rota para acesso.

As ações de fiscalização envolvem a Seas, por meio da Superintendência Integrada de Combate aos Crimes Ambientais, o Inea, por meio das superintendências regionais, das equipes das unidades de conservação estaduais e da Coordenadoria Geral de Fiscalização; além do Comando de Polícia Ambiental (CPAm) da Polícia Militar e da Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA) da Polícia Civil do Rio de Janeiro.