O Instituto Estadual do Ambiente (Inea) lançou nesta quinta-feira (11/7), na Reserva Biológica Estadual de Araras (Rebio Araras), em Petrópolis, a ampliação do Programa Fumaça Zero, que promove ações de conscientização e prevenção a queimadas nos municípios fluminenses durante o período de estiagem (maio a setembro). A primeira etapa foi lançada em maio e, nesta nova fase, o foco é a emissão de notificações preventivas, rondas de monitoramento e educação ambiental para os moradores que vivem próximos às unidades de conservação estaduais.
O evento contou com a presença do Diretor de Pós Licença e Fiscalização do Inea, Rodrigo Régis, representando o presidente do órgão ambiental estadual, Renato Jordão; do gerente de guarda-parques, Djalma Januzzi; do chefe do Núcleo de Defesa Florestal, Israel Andrade; do gestor da Rebio Araras, Romulo Tryack; do chefe de serviço da Gerência de Guarda-Parques, Raphael Freire; do gerente das unidades de conservação, Eduardo Pinheiro; da Defesa Civil Estadual e representantes do poder público.
O principal objetivo do Fumaça Zero é alertar a população sobre atitudes que possam causar incêndios florestais. Durante o período de estiagem, a vegetação fica mais seca e os ventos favorecem a propagação do fogo nas áreas verdes, que se alastra rapidamente e, muitas vezes, se torna um grande incêndio florestal.
Durante o evento foi anunciada a contratação e formação de mais guarda-parques, cujo aumento do efetivo vai garantir celeridade de eventual contingência, além de uma nova ferramenta de Inteligência Artificial capaz de monitorar, em tempo real, os pequenos e grandes focos de incêndios.
O Diretor de Pós Licença e Fiscalização, Rodrigo Régis, salientou a importância da ampliação do programa e destacou a conscientização como a forma mais eficaz para que a sociedade compreenda os riscos da prática irregular de queimadas.
– Ampliar o programa para essa região é levar informações, é preparar a população para que saibam dos perigos de realizar queimadas de forma incorreta. A meta é que todas as cidades façam parte do programa – disse Régis.
Dados
Em 2023, 27 municípios aderiram ao Fumaça Zero, 1040 notificações em 129 dias de operação. Neste ano, em apenas 44 dias de operação, o número de notificações preventivas já ultrapassa 600.
De acordo com o chefe do Núcleo de Defesa Florestal, Israel de Andrade Lima, o Fumaça Zero prevê uma aproximação e estimulação para a conscientização das pessoas sobre os riscos que a prática de queimadas pode ocasionar para as florestas.
— A educação ambiental é fundamental para haja um melhor entendimento sobre os riscos das queimadas. Conseguimos dobrar o número de notificações preventivas, a intenção é reduzir o número de grandes incêndios. A intenção é expandir o programa para todos os municípios – explicou ele.
Confira as principais causas de incêndio florestal
• Descartar pontas de cigarro acesas em trilhas ou estradas
• Soltar balões
• Queimar o lixo doméstico
• Fazer queimadas para limpar pastagem ou plantio agrícola