Notícias |25.07.2016

Equipe do Parque Estadual do Desengano e Policiais da 3ª Unidade de Policiamento Ambiental prendem infrator que desmatava árvores nativas da Mata Atlântica

Um infrator que realizava extração irregular de madeira, em área de Mata Atlântica, foi detido, nesta quinta-feira (21/7), por policiais da 3ª Unidade de Policiamento Ambiental (UPAm) e agentes do Parque Estadual do Desengano (PED), administrado pelo Instituto Estadual do Ambiente (INEA). O flagrante ocorreu durante uma atividade de manejo e monitoramento de trilhas da unidade de conservação, na região do Batatal, no município de Campos dos Goytacazes, Região Norte Fluminense. A madeira apreendida será doada a uma escola de marcenaria que atende comunidades carentes.

“Vamos apertar cada vez mais o cerco a esse tipo de infrator. Nossa meta é alcançar o desmatamento ilegal zero no Estado do Rio”, afirmou o secretário estadual do Ambiente. André Corrêa.

Segundo o chefe do PED, Carlos Dário, o monitoramento de trilhas ocorre de forma sistemática e contínua com o objetivo de observar as condições estruturais e de segurança dos caminhos que cortam o Parque.

“Realizamos o patrulhamento em conjunto com os policiais militares da 3ª UPAm visando a identificar, coibir e cessar possíveis crimes ambientais dentro dos limites da unidade de conservação. Ontem (21/7), durante uma dessas atividades, foi flagrado o corte de madeiras nativas para confecção de diversos artefatos, dentre eles; caibros para telhado, pranchas para cercas, ripas para carroças e moirões. No local ainda foi identificado uma pequena oficina onde a madeira era beneficiada após ser extraída da floresta”, explicou o gestor do Parque do Desengano.

Ainda durante a fiscalização, em área dentro dos limites do Parque, foram observadas diversas árvores tombadas, sinalizando que a atividade já era desenvolvida com regularidade no local de forma sistemática, inclusive com o uso de moto serra, equipamento que necessita da autorização dos órgãos ambientais para seu manejo.

Sem portar qualquer tipo de documentação pertinente a supressão de vegetação nativa, o infrator foi detido pelos policiais ambientais e encaminhado para prestar esclarecimentos na 134ª delegacia do município de Campos dos Goytacazes. O material apreendido será conduzido a sede do Parque e, após conclusão do Processo Administrativo correspondente, será doado a Escola de Marcenaria de Santa Maria Madalena, que oferece cursos a comunidade carente da cidade.

A extração de madeira, sem autorização de órgãos competentes, é uma infração prevista na lei de crimes ambientais (nº 9.605), cabendo ao infrator responder judicialmente pelos crimes lesivos ao meio ambiente. Além do crime propriamente, o corte de árvores nativas gera sérios danos a floresta que necessita de centenas de anos para recomposição completa de algumas espécies derrubadas, diminuindo a biodiversidade, expondo o solo a erosão e afetando diretamente o ecossistema local.

As denúncias de crimes ambientais podem e devem ser feitas de maneira completamente anônima pela Linha Verde do Disque Denúncia (0300-253-1177) ou, na Região Norte Fluminense, para a UPAm Desengano (22- 2561-3228).