Notícias |17.04.2019

Estratégicas para a conservação da Mata Atlântica, Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPN) são tema de palestra para proprietários de terra de MagéEvento promovido pelo Inea reuniu 45 proprietários rurais na Baixada Fluminense

Para incentivar a criação de Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RRPNs), o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) promoveu, na segunda-feira (15/4), uma palestra sobre o tema para aproximadamente 45 proprietários de terras de Magé, na Baixada Fluminense. De acordo com estudo realizado pelo Programa RPPN do Inea, esse município é considerado importante para a criação dessas reservas, pois dispõe de 11 mil hectares de florestas ainda não protegidas por nenhuma categoria de unidade de conservação.

O encontro foi realizado no Centro Administrativo Municipal de Magé e teve o objetivo de informar, sensibilizar e mobilizar os proprietários que possuem imóveis com florestas bem preservadas.

As RPPNs são estratégicas para a conservação da Mata Atlântica e vem avançando pelo estado do Rio de Janeiro, graças ao incentivo do Inea, que criou o Projeto RPPN RJ.

Atualmente, o estado possui 87 RPPNs reconhecidas pelo órgão ambiental estadual, que correspondem a mais de 8 mil hectares de Mata Atlântica protegidos.

O Inea incentiva a criação dessas reservas em todo o estado do Rio de Janeiro, com o reconhecimento da reserva por meio de procedimento administrativo específico, que vai desde vistoria na área, consulta pública, análises jurídicas e ambientais até a publicação de portaria de reconhecimento definitivo no Diário Oficial do estado. Além disso, oferece suporte técnico, com apoio ao georreferenciamento de propriedades potenciais. O Instituto Terra de Preservação Ambiental (ITPA) é a instituição executora do Projeto RPPN RJ.

As RPPNs são unidades de conservação de proteção integral de propriedade privada, cujas atividades permitidas são educação ambiental, turismo e pesquisa científica. São criadas voluntariamente pelos proprietários e averbadas nas matrículas dos imóveis. O reconhecimento de reserva é perpétuo e acompanha a vida da propriedade, a qual pode ser vendida, doada e/ou transmitida a qualquer título.

Nesse sentido, é uma iniciativa importante para a preservação da Mata Atlântica, uma vez que, aproximadamente, 80% deste bioma encontram-se em terras privadas.