No último dia 13/1, o Instituto Estadual do Ambiente (Inea), através do Parque Estadual da Lagoa do Açu (Pelag), apoiou a ida de filhotes de tartarugas-cabeçudas (Caretta caretta) ao mar, na Praia do Farol de São Tomé, em Campos dos Goytacazes. A “Caminhada de Filhotes ao Mar”, promovida pelo Projeto Tamar, acompanhou a jornada da espécie considerada vulnerável pelo Ministério do Meio Ambiente, além de contar com apresentações de educação ambiental para o público presente.

“Atividades como essa, que fogem do modelo tradicional de educação ambiental, não só atraem o público, como também são uma ótima maneira de fazer com que os mais novos entendam a importância de preservar nossa biodiversidade”, afirmou o presidente do Inea, Philipe Campello.

O evento tem como objetivo promover a recuperação das populações de tartarugas marinhas através da aproximação e sensibilização da comunidade sobre a biodiversidade local. A atividade de grande adesão pelo público infantil permite o contato direto das crianças com os animais, além da abordagem de temas como poluição marítima.

Com a morfologia de sua cabeça desproporcional ao seu comprimento e uma mandíbula extremamente forte, a tartaruga-cabeçuda é encontrada em regiões tropicais e subtropicais no mundo todo e se alimenta de diversos organismos marinhos, como peixes, crustáceos e moluscos com concha.

Apesar da possibilidade de migrarem para diversas partes do mundo em alto mar, as tartarugas marinhas sempre desovam nas mesmas praias que nasceram, o que evidencia a necessidade de conservação desse ecossistema.

Sobre a unidade de conservação

Com 8.276,67 hectares de área, o Parque Estadual da Lagoa do Açu é um dos mais ricos e bem preservados remanescentes de vegetação de restinga do Estado do Rio de Janeiro. Criado em 2012 e localizado no litoral da Região Norte do estado, abriga duas lagoas, e tem como missão assegurar a preservação da fauna e da flora da vegetação de restinga do Estado do Rio de Janeiro.