No último dia 17/11, a Secretaria de Estado do Ambiente e Sustentabilidade (Seas) e o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) marcaram presença em um encontro científico promovido pelo Instituto Federal Fluminense (IFF), em Cabo Frio, sobre a Pleroma hirsutissimum – espécie de planta criticamente em perigo de extinção e redescoberta pela equipe técnica dos órgãos ambientais em 2020.

Durante o encontro, estudantes de graduação do IFF e demais interessados no tema puderam participar de uma série de debates com pesquisadores de todo o Estado sobre a espécie ameaçada, além de realizarem o plantio de cerca de 90 mudas na Praia do Peró.

“A união de forças entre os órgãos ambientais, a academia e a sociedade civil é essencial para que seja possível a construção de um Estado mais sustentável. É através dessa aliança sólida que alcançamos resultados tão positivos, como o reencontro dessa espécie”, afirmou o secretário de Estado do Ambiente e Sustentabilidade, José Ricardo Brito.

O ciclo de palestras contou com a presença da consultora do Plano de Ação Nacional para Conservação da Flora Endêmica Ameaçada de Extinção do Estado do Rio de Janeiro (PAN Flora Endêmica), Inara Batista. A doutora em Ciências Biológicas foi uma das responsáveis pela emblemática redescoberta da Pleroma hirsutissimum no Parque Estadual da Costa do Sol (PECS), na Região dos Lagos.

Na ocasião, como forma de estimular as ações de conscientização ambiental na região, o evento também promoveu a doação de 20 exemplares da planta para a Área de Proteção Ambiental (APA) Estadual Massambaba, em Araruama.

“O objetivo é ampliar o conhecimento dessa espécie em extinção que estava há quase 40 anos sem ser coletada por pesquisadores. Com o plantio, aumentamos o número de indivíduos no ambiente natural e ampliamos o conhecimento sobre a biologia da Pleroma hirsutissimum, o que nos possibilita pensar em ações de conservação mais efetivas”, explicou Inara.

De flores roxas e folhas em formato de coração, a espécie ocorre exclusivamente nos municípios de Arraial do Cabo e Cabo Frio, na Região dos Lagos fluminense. Desde sua redescoberta em 2020, as sementes coletadas no PECS foram cultivadas pelo Horto Florestal de Guaratiba do Inea e, quando atingiram a idade de plantio, foram doadas aos pesquisadores do IFF para fins de pesquisas e ações ambientais.

O PAN Flora Endêmica do Rio de Janeiro é uma iniciativa coordenada pela Seas e pelo Inea, em parceria com o Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro, por meio do Centro Nacional de Conservação da Flora (CNCFlora).