Com uma população estimada em três mil indivíduos em vida livre no Estado do Rio de Janeiro, o mico-leão-dourado ainda é uma espécie ameaçada de extinção. Para lembrar da importância da preservação deste primata, o Brasil celebra, nesta quarta-feira (2/08), o Dia Nacional do Mico-Leão-Dourado.

Na década de 70, só existiam 200 micos leões dourados no território fluminense. Mas, graças às ações de preservação realizadas por entidades da sociedade civil e órgãos governamentais, entre eles, o Inea, a população hoje é de três mil micos leões dourados. O Inea administra o Centro de Primatologia do Rio de Janeiro que participa do programa Internacional de reprodução dessa espécie em cativeiro. Nesse local, o Inea promove a reprodução em cativeiro e conservação da espécie ex-sito (conservação da espécie em cativeiro).

O Centro de Primatologia CPRJ realiza estudos, manutenção e reprodução das espécies de primatas da Mata Atlântica, em adequado regime de cativeiro. Em funcionamento desde o ano de 1975, trata-se de modelo original e único no mundo com o propósito de conservar a fauna primatológica. Mantém um patrimônio biótico de valor incalculável, cujo gerenciamento é considerado modelar na preservação da vida selvagem.

É no Centro de Primatologia que o Inea desenvolve pesquisas e estudos, em parceria com a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), universidades estaduais (UERJ, UENF) e instituições de pesquisa, como a Fiocruz.
Este conhecimento é compartilhado com universidades e centros de pesquisa do Brasil, e do mundo, o que demonstra a capacidade científica do Inea.

O habitat do mico-leão-dourado encontra-se protegido por algumas unidades de conservação (UCs) federais administradas pelo ICMBio como as Reservas Biológicas União e de Poço das Antas e a APA Mico-leão-dourado/São João, e as UCs estaduais Parque Estadual da Costa do Sol e Área de Proteção Ambiental (APA) de Massambaba e do Pau-brasil.