Notícias |17.10.2022

Inea combate caça ilegal em área protegida de Mangaratiba

O Instituto Estadual do Ambiente (Inea) realizou, na última sexta-feira (14/10), uma ação de fiscalização integrada para combater a caça ilegal e promover o ordenamento nos limites do Parque Estadual Cunhambebe, em Mangaratiba, na Região da Costa Verde. A operação contou com o apoio do Comando de Polícia Ambiental (CPAm) e do Grupamento de Proteção Ambiental da Secretaria de Segurança e Trânsito de Mangaratiba, com acompanhamento de uma cadelinha farejadora da equipe do  canil.

Dividido em dois grupos, os técnicos e os agentes  percorreram duas localidades: a primeira equipe seguiu para o Alto Itacuruçá onde uma moradora que reside nos limites da unidade de conservação foi notificada sobre a proibição de ampliação de  construções por se tratar de uma área protegida.

A outra equipe percorreu trecho de cinco quilômetros do Alto Muriqui, em área do parque, patrulhando o perímetro previamente estabelecido,  com o objetivo de flagrar ranchos e armadilhas de caça. No percurso, os técnicos e os agentes encontraram esses ranchos e, no interior dos mesmos, a equipe flagrou armas de fogo, vasta munição, roupas camufladas, miras para armas com sistema laser, armadilhas e diversos apetrechos de caça. No momento da ação, não havia ninguém no local. Todo o material foi apreendido e levado para a 165 ª Delegacia de Polícia (Mangaratiba) onde a ocorrência foi lavrada.

Conforme preconiza a Lei Federal nº 9.605/98, “Matar, perseguir, caçar, apanhar, utilizar espécimes da fauna silvestre, nativos ou em rota migratória, sem a devida permissão, licença ou autorização da autoridade competente, ou em desacordo com a obtida” constitui crime ambiental sujeito a multa e detenção de seis meses a um ano.

Com 38.053,22 hectares, o Parque Estadual Cunhambebe abrange partes dos municípios de Angra dos Reis, Mangaratiba, Rio Claro e Itaguaí. A unidade de conservação foi criada com o objetivo de assegurar a preservação de remanescentes de Mata Atlântica da porção fluminense da Serra do Mar e possibilitar a conectividade dos maciços florestais da Bocaina e do Tinguá, dentre outros.