Durante o último fim de semana (15 e 16/10), o Parque Estadual do Desengano (PED), no Norte Fluminense, promoveu as aulas práticas do Curso de Condutores do parque. A unidade de conservação administrada pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea) tem como objetivo formar cerca de 40 novos condutores na região.

“Mais do que conservar a biodiversidade do Estado, nosso dever enquanto órgão público é trabalhar em prol do bem-estar e da qualidade de vida dos cidadãos fluminenses. O curso é uma grande oportunidade para unirmos essas duas metas”, afirmou o presidente do Inea, Philipe Campello.

O curso proposto pelo Inea e direcionado aos moradores dos municípios de Santa Maria Madalena, Campos dos Goytacazes e São Fidélis faz parte do Programa Estadual de Guias de Turismo e Condutores de Visitantes. A iniciativa visa capacitar os participantes para conduzir turistas nos atrativos do parque, desenvolver atividades interpretativas sobre o meio ambiente e contribuir para o monitoramento dos impactos socioambientais no PED e no seu entorno.

“A importância dessa formação recai sob três pilares distintos e complementares: a geração de renda local,o aumento da segurança e da qualidade da experiência do visitante e o aumento de ‘gestores’ do parque, fazendo com que nossos braços e olhos sejam multiplicados”, explicou o gestor da unidade de conservação, Carlos Dário.

Além dos guias recém-formados, o Parque Estadual do Desengano está credenciando novamente outros 40 condutores antigos. Ao final de todo o processo e com a conclusão do curso, a região ganhará 80 novos colaboradores.

Sobre o parque

Com 21.365,82 hectares, o Parque Estadual do Desengano abrange parte dos municípios de Santa Maria Madalena, São Fidélis e Campos dos Goytacazes, no Norte Fluminense. Dentro de seus limites, estão protegidas a fauna, a flora e os ecossistemas, garantindo a preservação dos recursos naturais. Trata-se do conjunto de serras mais bem conservadas da região, de uma densa vegetação e rica biodiversidade, possibilitando atividades tais como pesquisa científica e educação ambiental. No local, já foram identificadas por volta de 167 espécies de aves, muitas destas ameaçadas de extinção, como a jacutinga (Pipile jacutinga) e o macuco (Tinamus solitarius). Além disso, já foi avistado na unidade o muriqui (Brachyteles arachnoides), maior primata da América Latina e símbolo do parque.