Notícias |18.03.2016

Inea usa drone para levantamento topográfico do Plano de Manejo da APA do Alto Iguaçu

O Instituto Estadual do Ambiente (Inea) está utilizando um drone para o levantamento topográfico destinado à elaboração do Plano de Manejo da Área de Proteção Ambiental (APA) do Alto Iguaçu, que abrange os municípios de Duque de Caxias, Nova Iguaçu e Belford Roxo. O equipamento vai mapear dados como a cobertura vegetal e a ocupação do território da APA, que tem entre seus objetivos a proteção dos recursos hídricos da região.

O aerolevantamento, que está sendo realizado pela empresa Skill Engenharia, faz parte do diagnóstico, a etapa inicial da elaboração do Plano de Manejo. A seguir serão realizadas oficinas participativas para ouvir os anseios da população que vive dentro dos limites da APA. O prazo para a conclusão do Plano de Manejo é de nove meses e os recursos são provenientes da compensação ambiental da obra do Arco Metropolitano.

– Pretendemos utilizar a tecnologia dos drones não somente na elaboração de planos de manejo, mas também no monitoramento das unidades de conservação – afirmou o diretor de Biodiversidade e Áreas Protegidas do Inea, Paulo Schiavo.

Instrumento fundamental para a gestão das unidades de conservação, o Plano de Manejo é um documento elaborado a partir de diversos estudos (do meio físico, biológico e social), que estabelece as normas, as restrições para o uso, as ações a serem desenvolvidas no manejo dos recursos naturais da unidade e seu entorno, visando minimizar impactos negativos, garantir a manutenção dos processos ecológicos e prevenir a simplificação dos sistemas naturais.

Criada em 2013, a APA do Alto Iguaçu tem área de 22 mil hectares e seu objetivo é proteger os recursos hídricos e auxiliar no controle de cheias nas bacias dos rios Iguaçu e Botas. Como unidade de conservação de uso sustentável, a APA permite a ocupação humana, com algumas restrições para garantir a conservação ambiental.

Entre seus objetivos estão a recuperação de áreas degradadas, proteção de populações de animais e plantas nativas de Mata Atlântica, estímulo à recuperação das matas ciliares e áreas de preservação permanente; e a proteção e manutenção de lençóis freáticos e os talvegues de escoamento das águas superficiais. A existência da APA também vai contribuir para evitar a ocupação nas faixas marginais de proteção dos corpos hídricos da região.