Notícias |30.09.2015

Operação contra extração ilegal de areia prende duas pessoas em Valença

Três areais clandestinos foram fechados e duas pessoas foram presas em Valença, na região do Médio Paraíba, nesta quarta-feira (30/09), como resultado de uma operação conjunta contra a extração ilegal de areia. A ação foi deflagrada pela Coordenadoria Integrada de Combate aos Crimes Ambientais (Cicca) da Secretaria de Estado do Ambiente, em parceria com o Instituto Estadual do Ambiente (Inea), o Grupamento Aéreo da Polícia Militar (GAM) e o Comando de Polícia Ambiental (Cpam).

Quando os agentes chegaram ao local, havia três balsas de sucção de areia posicionadas nas margens do Rio Preto, que marca a divisa natural entre os Estados do Rio de Janeiro e de Minas Gerais, mas somente uma estava em atividade. Carlos Augusto Francisco Cardoso de Almeida, 22 anos e Luciano da Cruz Carlos, 37 anos, que operavam a balsa, receberam voz de prisão e tentaram fugir, mergulhando no rio e nadando até a outra margem, mas foram presos pelo helicóptero da PM que dava apoio à operação.

Esta foi a mesma estratégia de fuga numa operação da Polícia Federal, realizada há cerca de dois meses no mesmo local. Na ocasião, os infratores conseguiram fugir ao alcançar a outra margem, já que não existem pontes próximas.

– Que fique claro para quem explora areia de forma ilegal: essas operações não vão parar – afirmou o secretário estadual do Ambiente, André Corrêa.

Segundo o Coordenador da Cicca, coronel José Maurício Padrone, a extração de areia é essencial para a construção civil, mas é necessário que seja realizada de forma sustentável, com licença do Instituto estadual do Ambiente (Inea), que determina normas de atuação e exige um plano de recuperação ambiental das áreas degradadas.

– Quando realizada de forma clandestina, grandes cavas são abertas no leito e danificam as margens do rio. Isso acaba retirando a cobertura vegetal e promovendo o assoreamento. Essa ação diminui a vazão da água, aumenta e concentração de poluentes e a possibilidade de enchentes. Quando termina a exploração, os terrenos são abandonados e o passivo fica para toda a sociedade – explicou Padrone.

Os detidos podem ser indiciados por lavra não autorizada, crime previsto no Código Ambiental, com pena de até um ano, e por crime de usurpação de matéria-prima da União, podendo ficar preso por até cinco anos, além de multa administrativa que varia de R$ 5 mil a R$ 1 milhão de reais. Todos os detidos, assim como os equipamentos, foram levados para a 91ª Delegacia Policial, em Valença.