Notícias |12.05.2016

Pássaros apreendidos em operações de fiscalização são devolvidos à natureza

Mais 40 pássaros, apreendidos em operações de fiscalização no Estado do Rio de Janeiro, foram devolvidos à natureza nesta quinta-feira (12/5) no Parque Estadual da Pedra Branca, administrado pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea). Com essa ação, chega a mil o número de aves que retornaram para seu habitat desde setembro de 2015. A iniciativa é da Secretaria de Estado do Ambiente, por meio da Coordenadoria de Combate aos Crimes Ambientais (Cicca), e do Comando de Polícia Ambiental (CPAm). Cerca de 70 alunos da Escola Municipal Paulo Maranhão, situada em Realengo, participaram da atividade.

A maior parte desses animais foi apreendida em feiras livres. Entre as espécies estão coleiros, canários da terra e trinca-ferros e outras representativas da fauna fluminense. De setembro até hoje já foram apreendidos 3.582 pássaros.

As aves apreendidas são levadas para o Comando de Polícia Ambiental (CPAm),em Bonsucesso, onde são submetidas a exames médico veterinários para assegurar que estão em perfeitas condições de saúde a assim continuarem o seu ciclo natural. Dessa maneira, os pássaros capturados não correm risco de transmitir doenças para animais que já estão na natureza.

“Ações fiscalizatórias para reprimir esta prática são importantes para a preservação da fauna e que terão continuidade”, acrescentou o secretário estadual do Ambiente, André Corrêa.

O coordenador da Cicca, coronel José Maurício Padrone, acredita que a redução ou mesmo paralisação de captura de animais silvestres na natureza só ocorrerá quando houver conscientização e não existir mais compradores, que incentivam o tráfico.

“A retirada criminosa destes animais da natureza interrompe a cadeia alimentar e causa inúmeros prejuízos para a fauna, já que muitos deles são responsáveis pela dispersão de sementes.”, afirmou Padrone.

O comandante da Polícia Ambiental, coronel André Vidal, explicou que segundo a legislação, quem mata, apanha, expõe a venda ou cria em gaiolas animais silvestres sem autorização está sujeito a uma multa que varia de quinhentos até cinco mil reais por animal, além de detenção de seis meses a um ano.