Notícias |12.09.2015

Projetos da SEA/Inea atraem moradores do Morro São João, no lançamento da primeira unidade do Comunidade em Ação

A Secretaria de Estado do Ambiente e o Inea (Instituto Estadual do Ambiente) atuaram em conjunto no último sábado (12/09), no Morro São João, no Engenho Novo, na inauguração da primeira unidade do projeto social Comunidade em Ação, especialmente dedicado a comunidades pacificadas.

Na tenda da SEA/Inea, armada na área externa do CIEP Frei Agostinho Finícias, cerca de 150 pessoas conheceram os benefícios socioambientais do Programa de Reaproveitamento de Óleo Vegetal Usado (Prove) e o projeto EcoModa, que transforma materiais recicláveis em roupas e acessórios.

Trinta moradores da comunidade participaram de uma oficina, comandada pelo estilista e coordenador do EcoModa, Almir França, e aprenderam a confeccionar bolsas, a partir retalhos, resíduos descartados pela indústria têxtil e banneres.

O EcoModa é pautado na sustentabilidade, inserção social e geração de renda. “A proposta incentiva boas práticas capazes de trazer benefício à natureza e minimizar ou acabar com os danos causados pelo homem ao meio ambiente”, explica Almir França. “Na essência da iniciativa estão a empregabilidade, a inclusão socioambiental e o aproveitamento total de materiais descartados incorretamente, além do empreendedorismo” – acrescenta.

Através de outro programa desenvolvido pela SEA/Inea, os moradores do Morro São João também ficaram sabendo como é importante a destinação correta do óleo de cozinha usado, um dos resíduos mais nocivos ao meio ambiente. Além de poluir rios e córregos, quando descartado em ralos e pias, o óleo usado causa o entupimento de tubulações das residências e redes de tratamento de esgoto, causando prejuízo à própria comunidade e às concessionárias de saneamento.

O óleo recolhido pelo Prove é entregue a cooperativas cadastradas pelo programa e vendido para a indústria que atuam na produção sabão, detergente e de biodiesel.

“A principal dúvida levantada pelos moradores era em relação ao descarte correto do óleo de cozinha, depois de usado”, lembra o coordenador do Prove, Daniel Fabrício. A receptividade da comunidade foi tão positiva que ele adiantou que a EA e o Inea consideram a possibilidade de manter um ecoponto no próprio CIEP Frei Agostinho Finícias. “A ideia é manter o núcleo para receber o óleo de cozinha recolhido nas casas e fazer um bom trabalho de divulgação junto aos moradores do Morro São João, num trabalho contínuo de sensibilização da comunidade” – explica Daniel Fabrício.

É exatamente esse trabalho de conscientização que o subsecretário de Políticas e Articulação, Fábio Lins e Silva, pretende intensificar, como parte da estratégia da Secretaria de Estado do Ambiente. “E isso não será alcançado apenas com ações internas, com a intercomunicação entre os vários projetos” – lembrou.

Para ele a SEA e o Inea podem, efetivamente, levar “benefícios para comunidade, em como saber utilizar o lixo e fazer do lixo um lixo sustentável para essa comunidade. Na verdade, aqui eles estão aprendendo arte. Eles transformam o lixo num produto que amanhã poderá estar sendo comercializado. Tem muita coisa de valor que vai pro lixo, hoje, e poderia deixar de ir para os rios, canais, córregos e lagoas, deixar de voltar para comunidade, já que é o lixo que entope os ralos. Com certeza nós vamos ter uma atenção muito forte com essa comunidade”, declarou o subsecretário.