O Instituto Estadual do Ambiente (Inea) e a 4ª Unidade de Polícia Militar (UPAM) apreenderam, nesta quinta-feira (27/1), mais de 700 kg de pescado ilegal na área de amortecimento do Parque Estadual da Ilha Grande (Peig), em Angra dos Reis, na Costa Verde Fluminense. As equipes, que saíram para a ação às 6h, flagraram duas embarcações prestes a praticar a pesca ilegal e outras duas que já contavam com grande quantidade de animais capturados.

Todo o material apreendido na operação foi doado para o asilo Associação de Caridade São Vicente de Paulo e para o abrigo de crianças e adultos Associação Pestalozzi, ambos localizados em Angra dos Reis. Além das equipes do Peig e da UPAM, a operação contou com a participação da Reserva Biológica da Praia do Sul, da Área de Proteção Ambiental de Tamoios e da Reserva Sustentável do Aventureiro.

A grande maioria do pescado apreendido era das espécies Bicuda e Peixe Galo. As embarcações com peixes obtidos de forma ilegal foram multadas com base no art. 7° da Lei 3467/2000 e no art. 3° da Lei 6793/2014. Já os proprietários dos veículos foram autuados com base no art. 34 da Lei 9605/98, conforme o Termo Circunstanciado 166-00365/2022. Já os dois primeiros barcos abordados, foram apenas notificados.

“O Inea está sempre atento para punir os crimes ambientais por todo o estado, e as denúncias da população são grande parte desse mérito. O trabalho conjunto entre o poder público e a sociedade civil é uma fórmula de sucesso”, afirma o secretário de Estado do Ambiente e Sustentabilidade, Thiago Pampolha. 

Segundo o gestor do Parque Estadual da Ilha Grande, Cláudio Barcellos, a prática deste tipo de crime não é algo raro de se ver. “Nós estamos sempre recebendo denúncias diárias dessa prática ilegal de pesca próximo das áreas costeiras. Na operação em questão, saímos às 6h para realizar o flagra e autuar os responsáveis”, explica o gestor.

Denúncias de crimes ambientais em todo o estado do Rio de Janeiro podem ser feitas ao Linha Verde por meio dos telefones 0300 253 1177 (interior, custo de ligação local), 2253-1177 (capital), no aplicativo para celular “Disque Denúncia Rio”, onde usuários com sistema operacional Android ou iOS podem denunciar anexando fotos e vídeos, com a garantia de anonimato.

Fotos: Cláudio Barcellos