Notícias |24.06.2022

Em Santa Maria Madalena, Inea reconhece 104º Reserva Particular do Patrimônio Natural e lança programa de observação astronômicaParque Estadual do Desengano sediou cerimônia no Norte Fluminense

Nesta quinta-feira (23/6), o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) promoveu a entrega do certificado da 104º Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN), no município de Santa Maria Madalena, no Norte Fluminense. A cerimônia, sediada no Parque Estadual do Desengano, também contemplou o lançamento do primeiro programa de observação astronômica em unidades de conservação do Brasil, o Vem Ver o Céu.

“Hoje o Norte Fluminense dá grandes passos em direção ao desenvolvimento sustentável. Tanto a certificação de mais uma Reserva Particular do Patrimônio Ambiental, quanto o lançamento do programa, contribuem para o alcance do nosso objetivo principal: a conservação dos patrimônios ambientais fluminenses”, celebrou o presidente do Inea, Philipe Campello.

A RPPN Fazenda Boa Fé é a 104º reconhecida pelo instituto e conta com 18,23 hectares. Sua certificação faz parte dos resultados produzidos pela Fase V do Programa Estadual de Apoio às RPPNs do RJ, que utiliza recursos do Fundo da Mata Atlântica oriundos de compensação ambiental para fornecer suporte técnico e orientação aos proprietários interessados. A Fazenda Boa Fé integra hoje os 8.524 hectares de Mata Atlântica protegidos por RPPNs no Estado, equivalente a oito mil campos de futebol.

A noite contou ainda com o lançamento do Programa Estadual de Observação Astronômica do Estado do Rio de Janeiro, o Vem Ver o Céu. Coordenado pela Diretoria de Biodiversidade, Áreas Protegidas e Ecossistemas (Dirbape) do Inea, a iniciativa tem como objetivo sensibilizar os visitantes quanto à poluição luminosa, subsidiar pesquisas científicas, estimular a astrofotografia e promover a educação ambiental da comunidade.

A partir do programa, as unidades de conservação administradas pelo instituto e as RPPNs contarão com um calendário de atividades educativas e de observação astronômica recorrentes, além da produção de conhecimento técnico-científico sobre o tema.

Com o apoio da equipe do Parque Estadual da Serra da Tiririca e de astrônomos do Observatório do Valongo, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a cerimônia de lançamento contou com atividades de astrofotografia e observação do céu com telescópios para o público presente.

O Parque Estadual do Desengano faz jus à escolha de estreia do programa. O parque é o primeiro da América Latina a receber o título de Dark Sky Park pelo International Dark-Sky Association (IDA). O reconhecimento diz respeito à qualidade excepcional de observação de noites estreladas e atesta a proteção do ambiente noturno na região.

Estiveram presentes no evento o diretor de Biodiversidade, Áreas Protegidas e Ecossistemas (Dirbape) do instituto, Leandro Gomes, o subsecretário de Conservação da Biodiversidade e Mudanças de Clima, Flávio Gonçalves, a subsecretária de Saneamento Ambiental, Jaqueline Alvarenga, o presidente da Câmara Municipal de Santa Maria Madalena, José Antônio da Silva Brandão, o secretário municipal de Meio Ambiente, Wanderley Ribeiro Daflon, e o vice-prefeito da cidade, Paulo Henrique de Faria Sarmento.

O astrônomo e coordenador de extensão do Observatório do Valongo, Daniel Mello, a guia de turismo Fabíola Gomes e o aluno do curso de Astronomia da UFRJ Igor Bordo deram apoio técnico às atividades.

Sobre a unidade de conservação

Com 21.365,82 hectares, o Parque Estadual do Desengano é o parque estadual mais antigo do Estado do Rio de Janeiro e abrange parte dos municípios de Santa Maria Madalena, São Fidélis e Campos dos Goytacazes, no Norte Fluminense. Dentro de seus limites, estão protegidas a fauna, a flora e os ecossistemas, garantindo a preservação dos recursos naturais.