Nesta terça-feira (30/5), a Secretaria de Estado do Ambiente e Sustentabilidade (Seas) e o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) celebraram o Dia da Mata Atlântica, comemorado nacionalmente no último dia 27/5, na Área de Proteção Ambiental (APA) da Bacia do Rio Macacu. Intitulado “Somos Todos Mata Atlântica”, a ocasião foi sediada na unidade de conservação do Inea, em Cachoeiras de Macacu, na Região Serrana Fluminense, e contou com uma série de lançamentos dos órgãos ambientais estaduais em prol da preservação do principal bioma do estado.
“É revigorante ver os avanços fluminenses no tema e não mediremos esforços para alcançar cada vez mais. Temos diversos números que são motivos de celebração, mas temos muito trabalho pela frente e, no que depender dos órgãos ambientais estaduais, não faltará dedicação e investimento para proteger nossa casa comum”, afirmou o vice-governador e secretário de Estado do Ambiente e Sustentabilidade, Thiago Pampolha, durante a abertura do evento.
“Hoje é um dia de comemoração e de reconhecimento do que ainda precisa ser feito. A Mata Atlântica é um bioma que requer a união de todos os atores interessados para garantir sua proteção e, consequentemente, nosso bem-estar e o das próximas gerações”, pontuou o presidente do Inea, Philipe Campello.
“O Rio de Janeiro é um estado chave na preservação e restauração florestal, contando com iniciativas que são referências para outros lugares. Espero que essa ambição de deixar um legado seja cada vez maior”, celebrou a presidente da Fundação SOS Mata Atlântica, Marcia Hirota.
Entre as iniciativas anunciadas na ocasião esteve o lançamento do projeto “Conhecer para conservar”, que tem como objetivo divulgar espécies de fauna e de flora endêmicas e ameaçadas de extinção de diferentes regiões do território fluminense. O projeto visa conscientizar a população de cada local a respeito da biodiversidade, a fim de colaborar para sua preservação.
O primeiro município contemplado pela iniciativa é a cidade de Cachoeiras de Macacu, com as espécie anta (Tapirus terrestris), maior mamífero terrestre da América do Sul, e a espécie de flora begônia lunaris – esta exclusiva da região de Cachoeiras de Macacu e Guapimirim.
“Cachoeiras de Macacu é um exemplo em termos de preservação da Mata Atlântica e ocasiões como essa representam o reconhecimento do nosso trabalho”, celebrou o prefeito da cidade, Rafael Miranda, ao dar início à celebração.
Durante o evento, a Seas e o Inea também apresentaram as principais iniciativas já em atividade no estado em prol da recuperação e conservação da Mata Atlântica, como o Florestas do Amanhã, o ICMS Ecológico e a atuação das 39 unidades de conservação administradas pelo Inea, além de apresentar os próximos passos para a agenda.
O lançamento do Portal da Restauração Florestal Fluminense, para monitoramento de todas as iniciativas do gênero no território do estado, além da abertura do edital de seleção de projetos de restauração no âmbito do programa Florestas do Amanhã, com investimento de R$25 milhões, e o lançamento do Catálogo das Unidades de Conservação Municipais também integram as novas novidades estratégicas para manutenção do bioma.
Durante o evento, o Inea ainda celebrou o acordo de cooperação técnica com o Instituto de Ação Socioambiental (ASA) para o desenvolvimento de ações conjuntas de educação ambiental, conservação e monitoramento de biodiversidade, restauração florestal e de fauna nos municípios de Cachoeiras de Macacu, Magé, Guapimirim, Itaboraí e Maricá.
Além dos lançamentos, o evento contou com dois painéis temáticos sobre o bioma, nos quais reuniu autoridades dos órgãos ambientais estaduais para apresentar o contexto fluminense e as perspectivas para o futuro.
Estiveram presentes nos painéis o superintendente de Mudanças do Clima e Florestas da Seas, Telmo Borges, a subsecretária de Conservação da Biodiversidade e Mudanças do Clima da Seas, Marie Ikemoto e a diretoria de Biodiversidade, Áreas Protegidas e Ecossistemas do Inea, Júlia Bochner.
Como forma de encerramento, os presentes realizaram um plantio de mudas nativas na APA da Bacia do Rio Macacu, além de uma visita técnica na Fazenda do Carmo, para conhecer as ações de restauração promovidas pelo programa Florestas do Amanhã no local, e na Reserva de Patrimônio Particular (RPPN) Reserva Ecológica de Guapiaçu, para entender sobre a reintrodução e o monitoramento de antas no território da região.