Notícias |07.11.2015

​​Secretaria do Ambiente mobiliza comunidade para conhecer obras de saneamento em São GonçaloPais e alunos de escola municipal aprendem como a preservação ambiental está associada à qualidade de vida

A Secretaria de Estado do Ambiente (SEA), em parceria com o Instituto Baía de Guanabara (IBG), apresentou aos pais e alunos da Escola Municipal Almirante Alfredo Carlos Soares Dutra o Projeto Aguadeira do Rio Alcântara II, que tem como objetivo mobilizar a comunidade para acompanhar as obras de saneamento na região.

O 1º Evento de Diálogo Construtivo com a Comunidade das Escolas integrou o Projeto Aguadeira II, da SEA, que orienta a população com noções de saneamento e educação ambiental. Durante o encontro, os alunos contaram a história do Rio Alcântara para os participantes, mapearam a área com maquetes e focaram a importância do uso do Equipamento de Proteção Individual – EPI ao coletarem amostras no rio.

Para o Superintendente do Instituto Baía de Guanabara, Adauri Souza, é preciso demonstrar os resultados do Aguadeira II em todos os aspectos. “O Projeto causa um impacto positivo para a comunidade por ser educativo e durante suas atividades trabalhamos no curso temas ligados ao meio ambiente, como a relação da água com a floresta, a bacia hidrográfica, a introdução ao biomonitoramento e o saneamento básico. Estamos aqui para levar o conceito da preservação do meio ambiente para todos de forma dinâmica e simplificada”, declarou​.

O projeto na escola é coordenado pelo Professor de Ciências, Lauro Gouveia, que ressalta a importância de as noções sobre meio ambiente serem compartilhadas com a comunidade. “Ao iniciar as atividades com os alunos, percebi o interesse de cada um deles em colaborar com o meio ambiente. Essa parceria com os órgãos competentes do Estado consolidou uma reforma educacional, onde trazer para escola o conceito que o Rio Alcântara precisa ser tratado, é dar um passo adiante na iniciativa em tratar a natureza como ela merece”, ressaltou.

Convivendo diariamente com as atividades do projeto, os alunos buscam informações e se entusiasmam com os resultados práticos. É o que declaram as alunas da sétima série Glenda Rodrigues e Alexia Ribeiro. Elas se dedicam a todas as etapas do projeto. “A gente aqui na escola teve a chance de participar do projeto e termos responsabilidade com o meio ambiente, porque a gente nunca dá valor à natureza, nunca percebemos o que está ao nosso redor e como isso causa impacto na sociedade”, ensinou Glenda. “Nesse projeto a gente aprendeu a preservar os rios e com isso consigo ter mais conhecimentos gerais nas aulas de ciências. Essas informações vão agregar não só pro meu futuro, mas pro de todo mundo. É sempre bom aprender e poder compartilhar as ideias do que sabemos”, concluiu Alexia.

Para Rafael Freitas, também da sétima série, para o projeto atingir seu objetivo, é fundamental interagir com os moradores e mostrar a importância de não poluir o meio ambiente. “Quando estamos atuando no projeto, gosto de visitar os moradores e conversar com eles sobre como tratar o rio de uma maneira carinhosa. Quem faz o ambiente é o homem e não podemos destruir a natureza jogando lixo em locais indevidos e não tendo noções básicas de como não agredir a nossa natureza. Gosto de falar com cada morador sobre a importância do meio ambiente para vivermos melhor”, concluiu.

Com a apresentação, que focou em todo processo de Esgotamento Sanitário de Alcântara, pais e filhos ouviram dos técnicos as explicações sobre a obra, aprenderam o que ocorre quando jogam lixo no Rio Alcântara e ficaram sabendo que, com a conclusão das obras, 75 bilhões de litros de esgoto in natura deixarão de ser jogados, anualmente na Baía de Guanabara.

Para o secretário de Estado do Ambiente, o envolvimento das escolas no trabalho de conscientização ambiental é fundamental para garantir melhor qualidade de vida da população e, por extensão, vencer os principais desafios da atualidade: a despoluição da Baía de Guanabara e a escassez de recursos hídricos. “As crianças são os mais eficientes multiplicadores da conscientização da sociedade sobre as questões ambientais”, explica André Corrêa. “Além de trocar informações com os colegas de escola e da própria comunidade, são as crianças que levam as lições de conservação do meio ambiente para dentro de casa, sensibilizando a própria família, em relação à destinação adequada do lixo, à conservação de manguezais e vegetação nas margens dos rios, ao consumo consciente da água e outros hábitos fundamentais para a proteção da natureza e para o bem estar da sociedade” – observa o secretário.