O Instituto Estadual do Ambiente (Inea), por meio da Superintendente Regional Lagos São João, resgatou 28 aves silvestres, entre as quais, duas araras-canindé, mantidas ilegalmente em cativeiros no município de Cabo Frio, na Região dos Lagos. A ação foi desencadeada a partir de denúncia recebida pela pasta ambiental e contou com o apoio da 8ª Unidade de Polícia Ambiental (UPAm). Ao longo desta semana, as fiscalizações estão sendo intensificadas no Estado do Rio, como parte das ações do Inea para celebrar a Semana do Meio Ambiente.
Os técnicos e os agentes vistoriaram uma residência situada na Rua Francisco Alves, no bairro Jardim Esperança onde encontraram as aves sem anilhas e acondicionadas em gaiolas em péssimo estado de conservação. No momento da inspeção, não havia ninguém no local. Segundo investigações da polícia, os animais seriam comercializadas em feiras de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, e em São Gonçalo.
As aves foram resgatadas e serão levadas para o Centro de Triagem de Animais Silvestres (CETAS), em Seropédica. A equipe também apreendeu 54 gaiolas e armadilhas utilizadas na captura de passarinhos.
A arara-canindé é classificada como menos preocupante pela União Internacional para a Conservação da Natureza (IUNC). No entanto, no Brasil, é uma espécie muito cobiçada pelo tráfico de animais silvestres, devido a sua plumagem e adaptação a outros ambientes.
Conforme preconiza a Lei de Crimes Ambientais (Lei Federal nº 9605/98), o tráfico de animais silvestres é considerado crime ambiental no Brasil. A pena para quem mata, persegue, caça, apanha ou utiliza espécimes da fauna silvestre sem a devida permissão é de seis meses a um ano de detenção, além de multa.