O Instituto Estadual do Ambiente (Inea) divulgou, nesta sexta-feira (27/10), o resultado do III Prêmio Inea de Meio Ambiente, que teve como tema “Os desafios para a gestão e a sustentabilidade financeira das Reservas Particulares do Patrimônio Natural no Estado do Rio de Janeiro (RPPNs)”. A cerimônia de entrega dos prêmios aos vencedores ocorrerá no próximo dia 30/11, na sede do órgão ambiental estadual, no Centro da capital fluminense.
Criado em 2019 pela escola corporativa do Inea, a Universidade do Ambiente, o Prêmio Inea de Meio Ambiente objetiva fomentar as produções acadêmico-científicas na área ambiental, especialmente no âmbito do estado do Rio de Janeiro. O concurso busca promover novos conhecimentos na área, bem como possibilitar a visibilidade de trabalhos preexistentes, dando suporte aos autores de artigos que atuam ou pesquisam de forma direta ou indireta na área.
“O conhecimento produzido no ambiente acadêmico é essencial para o nosso trabalho como órgão de referência em conservação, proteção e recuperação dos recursos naturais, pois nos dá subsídio para a elaboração e otimização de iniciativas que garantem o desenvolvimento sustentável do Rio de Janeiro”, destaca o presidente do Inea, Philipe Campello.
Os ganhadores do primeiro lugar foram os pesquisadores Maria Inês Paes Ferreira e José Luiz Monsores Junior, responsáveis pelo trabalho “A bioeconomia rumo à ecoeconomia: proposta de uma estrutura inovadora de governança em rede para apoio às iniciativas de conservação das Reservas Particulares do Patrimônio Natural do estado do Rio de Janeiro”. Com uma visão crítica acerca dos conceitos e práticas associados à bioeconomia, o trabalho ganhador do prêmio de R$ 14 mil parte de uma pesquisa realizada com proprietários de reservas do bioma Mata Atlântica para propor uma nova forma de governança das unidades de conservação, mais integrada ao seu entorno.
Em segundo lugar, com o prêmio no valor de R$ 10 mil, está o artigo “A importância estratégica da RPPN para a conservação da biodiversidade e do desenvolvimento sustentável: Um modelo de integração entre público, privado e comunidades”. Da autoria de Helan de Abreu Cardozo, o trabalho aponta algumas limitações ainda existentes para o avanço e fortalecimento das RPPNs, bem como sugere caminhos para promover uma aplicação mais abrangente, sistemática e eficaz desse tipo de unidade de conservação.
Já em terceiro lugar está o trabalho “Planejamento estratégico como ferramenta de gestão de RPPNs: A elaboração de Plano Estratégico de Pesquisa da Reserva Ecológica de Guapiaçu (REGUA)”, escrito por Luciana Ardenghi Fusinatto. O trabalho apresenta um breve panorama sobre o uso do planejamento estratégico em unidades de conservação e detalha as etapas e respectivos referenciais teóricos que embasam o plano da REGUA, localizada em Cachoeiras de Macacu, na Região Serrana Fluminense. Pelo artigo a pesquisadora receberá o valor de R$ 8 mil.
Para a gerente de Desenvolvimento de Pessoas do Inea, Elaine Costa, o Poder Público e a academia devem estar em constante sinergia, uma vez que ambos têm como objetivos comuns o desenvolvimento sustentável e a inovação. “O Prêmio Inea de Meio Ambiente é uma plataforma que estimula essa integração. A escolha temática desta edição visou consolidar as Reservas Particulares do Patrimônio Natural como ferramentas estratégicas de proteção da Mata Atlântica e da biodiversidade fluminense, e estimular a produção de trabalhos acadêmicos sobre essa categoria de unidades de conservação”, explica Costa.