Notícias |28.07.2023

Inea flagra jaguatirica e onça-parda no Parque Estadual CunhambebeNa Costa Verde Fluminense, animais foram registrados por armadilhas fotográficas

Neste mês de julho, o Parque Estadual Cunhambebe (PEC), unidade de conservação administrada pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea) em Mangaratiba, na Costa Verde Fluminense, recebeu duas visitas especiais: uma jaguatirica (Leopardus pardalis), no dia 18/7, e uma onça-parda (Puma concolor), no dia 20/7. Os animais foram registrados por uma das armadilhas fotográficas espalhadas pelo território do parque.

É a primeira vez que o equipamento registra uma jaguatirica na área do parque. Já o puma teve seu primeiro flagra em junho. Os registros especiais são frutos da intensificação do monitoramento tecnológico da unidade de conservação.

“A aliança entre uma série de novas estratégias em prol da conservação ecológica e profissionais altamente capacitados nos permite proteger de forma ainda mais efetiva a biodiversidade e os patrimônios ambientais fluminenses”, afirmou o vice-governador e secretário de Estado do Ambiente e Sustentabilidade, Thiago Pampolha.

Ambas as espécies são classificadas como espécies “topo de cadeia” e “bioindicadoras”, o que aponta que as florestas da unidade de conservação constituem ambientes saudáveis, de forma a abrigar animais e essenciais para o funcionamento adequado dos ecossistemas.

Com hábitos solitários e noturnos, as jaguatiricas vivem em florestas, campos, savanas e regiões alagadas e se alimentam principalmente de pequenos e médios vertebrados. Já a onça-parda, segundo maior felino das Américas, alimenta-se de animais silvestres de portes variados e exerce papel vital na manutenção da integridade dos ecossistemas onde ocorre.

Sobre a unidade de conservação

O Parque Estadual Cunhambebe (PEC) abrange parte dos municípios de Angra dos Reis, Mangaratiba, Rio Claro e Itaguaí, possuindo uma área de 38.053 hectares. A finalidade principal da criação do PEC, que ocorreu no ano de 2008, foi assegurar a preservação dos remanescentes de Mata Atlântica da região sul fluminense da Serra do Mar, permitindo a conectividade entre os maciços da Bocaina e do Tinguá, preservando montanhas, cachoeiras e demais paisagens notáveis. Trata-se de uma unidade de conservação com papel fundamental para garantir a conservação de uma das principais fontes de abastecimento de água da população do sul do Estado do Rio, além de promover a proteção da fauna e flora nativa e propiciar a pesquisa científica.