O Instituto Estadual do Ambiente (Inea), inaugurou no último sábado (26), a trilha da jibóia na Reserva Biológica Estadual de Guaratiba (RGB), localizada na zona oeste da cidade do Rio de Janeiro. Diante do plano de ação do órgão, a trilha foi pensada para trazer maior conscientização de jovens e adultos sobre a importância do Bioma Mata Atlântica.
Como a unidade é uma reserva biológica, categoria voltada apenas às atividades de educação ambiental e pesquisa científica, a trilha foi criada fora dos limites da RGB a fim de minimizar o impacto ambiental. Durante a inauguração, a equipe também realizou o plantio de mudas frutíferas nativas da Mata Atlântica.
–Nosso objetivo é educar e sensibilizar sem invadir, é esse o equilíbrio que buscamos: aproximar as pessoas da natureza sem comprometer sua integridade – destaca Bernardo Rossi, secretário de Estado do Ambiente e Sustentabilidade.
Fato curioso, foi a escolha do nome da trilha, que inicialmente seria “trilha da fazenda modelo”. Durante o mapeamento da área, a equipe percebeu uma grande presença de cobras no local, especialmente as jibóias, que é uma espécie de cobra não peçonhenta e não apresenta perigo aos visitantes, por isso, o nome Trilha da Jibóia.
A expectativa é que, com a volta às aulas, a trilha faça parte da rotina de alunos de escolas do entorno de Guaratiba, além de moradores e instituições parceiras. As atividades também contarão com o plantio de mudas nativas da região para deixar a trilha ainda mais verde, alinhando educação e natureza.
Imagens: Caio Dantas
Sobre a unidade de conservação
A Reserva Biológica Estadual de Guaratiba está localizada na Zona Oeste da cidade do Rio de Janeiro, entre Barra de Guaratiba e Pedra de Guaratiba. Protege, desde a década de 1970, importante remanescente de manguezal na Região Metropolitana Fluminense, associado à Baía de Sepetiba.
Trata-se de ecossistema de grande valor ambiental, econômico e social, por oferecer inúmeros serviços ambientais, dentre os quais a manutenção da diversidade biológica, a oferta de pontos de repouso e alimentação para diversas espécies de aves migratórias e a prevenção de inundações, além de servir como fonte de matéria orgânica para águas adjacentes, constituindo a base da cadeia trófica de espécies de importância econômica e ecológica.