Notícias |10.11.2015

Inea interdita empresa coletora de resíduos de construção civil em InhaúmaEmpresa operava com mais de 200 caçambas sem licença ambiental, além de descartar resíduos de forma irregular

A Coordenadoria Geral de Fiscalização (Cogefis) do Instituto Estadual do Ambiente (Inea) interditou nesta terça-feira (10/11) uma empresa de locação de equipamentos e retirada de entulho, situada no bairro de Inhaúma, na Zona Norte do Rio de Janeiro. Apesar de operar com mais de 200 caçambas, vários veículos e um depósito com cerca de 8 mil metros quadrados, a empresa não tem licença ambiental e faz o recolhimento do entulho em desacordo com a legislação.

A operação, parte do programa de Fiscalização de Resíduos Sólidos da Baía de Guanabara, contou com o apoio de policiais do Comando de Policiamento Ambiental (Cpam). O responsável pela empresa foi conduzido à 45ª Delegacia, na Maré. Os fiscais do Inea chegaram ao local, a partir da descoberta de caçambas da empresa em locais irregulares em Gramacho, região em que o programa vem atuando no combate ao descarte irregular de resíduos sólidos.

Na sede da empresa, na Rua Jaó, foram encontradas pilhas de resíduos de construção civil com até seis metros de altura. O recolhimento era feito de forma inadequada, resultando na mistura desse tipo de material com itens contaminantes, como latas de tinta, óleo e solvente. No local também funcionava uma oficina mecânica que fazia reparos nos veículos da empresa, e a fiscalização constatou que a situação deles estava irregular.

O secretário de Estado do Ambiente, André Corrêa, garantiu que será intensificado o combate ao descarte ilegal e clandestino de resíduos da construção civil, fazendo uma advertência. “Alerto as construtoras, as transportadoras e quem recebe ilegalmente esse tipo de material para reverterem suas práticas ou serão penalizados por crime ambiental” – declarou.

Funcionários da empresa já haviam sido detidos numa operação realizada pelo Inea no aterro de Gramacho, em Duque de Caxias, no dia 21 de outubro. Na ocasião, foram flagradas dezenas de caçambas de empresas que recolhem resíduos de construção civil e fazem o descarte irregularmente na região do aterro, desativado desde 2012.

Além do processo criminal, os responsáveis serão autuados administrativamente e multados pelo Inea.