Na última quinta-feira (14/8), o Refúgio de Vida Silvestre Estadual da Lagoa da Turfeira, em Resende, registrou a presença inédita de um corrupião ( _Icterus jamacaii_ ) . A espécie, comum em outras regiões do Brasil, nunca havia sido avistada na unidade de conservação. As imagens foram feitas por um guarda-parque do Instituto Estadual do Ambiente (Inea) durante atividades de rotina na unidade de conservação estadual.

Apesar de classificada como “Pouco Preocupante” na Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN), a espécie enfrenta riscos como caça indiscriminada, destruição de habitat e comércio ilegal. O registro reforça a importância da unidade de conservação para a proteção da biodiversidade regional.

– Este registro do corrupião é a prova viva de que quando damos espaço à natureza, ela responde com resiliência e beleza. Unidades conservação não são luxo, são necessárias para a manutenção de diversas espécies – afirma o secretário de Estado do Ambiente e Sustentabilidade, Bernardo Rossi

O corrupião chama a atenção por sua plumagem vibrante: possui manchas brancas nas asas, cauda preta e um colar laranja intenso no pescoço. Além da beleza, a ave é conhecida por seu canto melodioso, capaz de imitar até mesmo o Hino Nacional quando ensinada. Essas características, no entanto, a tornam alvo frequente do tráfico ilegal de animais silvestres.