Resiliência: Em meio a um incêndio que atingiu o Parque Estadual da Serra da Concórdia no último fim de semana, um gigante resiste. Um ipê amarelo (Handroanthus albus) sobreviveu às chamas de um incêndio criminoso que atingiu a unidade de conservação no último fim de semana. O fato foi registrado em uma foto do professor Ricardo Antônio durante uma visita educacional ao parque administrado pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea).
O significado da árvore ipê está ligado à resistência, vitalidade e esperança, símbolos da beleza e da força da natureza brasileira, especialmente o ipê-amarelo, que é a flor símbolo do país, declarada por decreto presidencial em 1961. O nome “Ipê” vem do tupi e significa “árvore cascuda”, em referência à sua madeira resistente. A espécie é nativa da Mata Atlântica e tem ampla distribuição pelo Brasil.
– Este símbolo de resistência enfatiza a nossa missão de combater todo e qualquer crime ambiental e de preservar o que temos de mais precioso, o nosso patrimônio natural. Encorajamos que a população denuncie tais incêndios criminosos que atacam diretamente a nossa biodiversidade e prejudicam diversas espécies da nossa fauna e flora – declarou o secretário de Estado do Ambiente e Sustentabilidade, Bernardo Rossi.
As chamas atingiram cerca de sete hectares de mata e foram combatidas pelos guarda-parques de diversas unidades de conservação do Inea. A suspeita é que o incêndio tenha tido origem criminosa. O caso foi registrado na 91ª Delegacia de Polícia Civil de Valença e será investigado.
Denúncias de crimes ambientais em todo o estado do Rio de Janeiro podem ser feitas ao Linha Verde por meio dos telefones 0300-253-1177 (interior, custo de ligação local), 2253-1177 (capital), no aplicativo para celular “Disque Denúncia Rio”, onde usuários com sistema operacional Android ou iOS podem denunciar enviando fotos e vídeos com a garantia de anonimato.
Sobre o parque
Com 5.950 hectares de Mata Atlântica, o Parque Estadual da Serra da Concórdia abrange parte dos municípios de Valença e de Barra do Piraí. Foi criado em 2002, por meio de um decreto estadual. Em 2016, um novo decreto ampliou a área da unidade de conservação.
Dentre os objetivos de sua criação estão: preservar espécies da flora e da fauna endêmicas ou ameaçadas de extinção; integrar corredores ecológicos visando assegurar a preservação da diversidade biológica, além de proteger os recursos hídricos da região.