Notícias |05.07.2024

Pesquisadores descobrem uma nova espécie de begonia no Parque Estadual da Ilha GrandeNova planta foi localizada na unidade de conservação administrada pelo Inea

Pesquisadores acabam de encontrar uma nova espécie, a Begonia isadorae (Begoniaceae), no Parque Estadual da Ilha Grande, unidade de conservação administrada pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea), localizada em Angra dos Reis, na Costa Verde fluminense.

A nova planta é diferente das que normalmente são encontradas na Mata Atlântica do Rio de Janeiro. Somente o estado fluminense abriga mais de 100 espécies de begonias.

A jornada da descoberta começou após observações realizadas em pesquisas de campo na Ilha Grande, onde algumas singularidades da espécie chamaram a atenção da professora e pesquisadora da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) Eliane Jacques. A planta foi reconhecida e descrita pela primeira vez na publicação do artigo “Begonia isadorae (Begoniaceae), a new endemic species from Ilha Grande, an island in southeastern Brazil, with notes on leaf anatomy” na revista científica Phytotaxa.

O achado animou a comunidade científica e a equipe gestora do local. Em colaboração com outros pesquisadores, a professora Eliane Jacques decidiu propor o nome científico Begonia isadorae, homenagem à Isadora Jacques, filha da pesquisadora.

– Descobertas como esta destacam a riqueza e a diversidade da nossa Mata Atlântica e sublinham a importância das nossas unidades de conservação para a preservação da biodiversidade. Esta nova espécie endêmica (que só aparece naquele local) enriquece nosso conhecimento científico, além de reforçar o nosso compromisso em proteger o patrimônio natural fluminense – afirma o secretário de Estado do Ambiente e Sustentabilidade, Bernardo Rossi.

A Begonia isadorae cresce em florestas, em locais sombreados e muito úmidos, sobre rochas cobertas por uma camada espessa de musgo. Ela é encontrada nas áreas mais preservadas da ilha, graças às políticas da unidade de conservação, se afastando de áreas degradadas, com influência urbana e turística. Devido à sua população muito pequena e distribuição restrita, a espécie foi provisoriamente classificada como Vulnerável (VU). A descoberta ressalta a importância da conservação da biodiversidade na Mata Atlântica e a necessidade de esforços contínuos para proteger o ecossistema.