Na sexta-feira (11/8) a Secretaria de Estado do Ambiente e Sustentabilidade (Seas) e o Instituto Estadual do Ambiente (Inea), por meio da Diretoria de Biodiversidade, Áreas Protegidas e Ecossistemas, em parceria com a Universidade do Ambiente, promoveram uma apresentação técnico-científica sobre o monitoramento de áreas restauradas por meio de técnicas de sensoriamento remoto. Esse evento inaugurou a série “Restauração Florestal Fluminense em Debate”.
Para o presidente do Inea, Philipe Campello, investir em tecnologia é fundamental para o desenvolvimento de metodologias efetivas de monitoramento. “Estamos trilhando esse caminho para, no futuro, realizarmos um número significativamente maior e mais abrangente de reflorestamentos. Para garantirmos a efetividade desses projetos, precisamos de recursos e estratégias inteligentes. Essas discussões ampliam nosso horizonte nesse sentido”, destacou Campello.
O engenheiro florestal e doutor pela UFRJ, Ciro Moura, deu início ao debate apresentando a evolução dos processos de monitoramento ao longo dos anos e a contribuição do Inea nesse contexto. Com o avanço da tecnologia, o sistema de monitoramento da restauração florestal pode ser mais eficiente, utilizando, por exemplo, imagens orbitais e drones para auxiliar nas operações.
“Ao longo desses anos, trabalhamos intensamente na discussão de um protocolo de monitoramento em diferentes fitofisonomias, incluindo florestas, manguezais e restingas, o que nos fez evoluir. O monitoramento nos ajuda a atuar de forma mais eficaz na condução dos projetos, avaliando com precisão a eficiência e a trajetória dos reflorestamentos”, ressaltou Moura.
Na segunda palestra, o geógrafo e analista ambiental da Gerência de Gestão do Território e Informações Geoespaciais do Inea, Paulo Fevrier, explicou como é feito o monitoramento das áreas que estão sendo ou foram reflorestadas por meio de imagens de satélite. Ele também apresentou o funcionamento de diferentes programas usados para a captura das imagens nessas regiões, demonstrando as aplicações práticas desse mapeamento e como a maioria dessas tecnologias é acessível ou mais econômica.
“Em muitos casos, a observação direta não permite captar o avanço do reflorestamento. No entanto, com essas ferramentas tecnológicas, temos uma visão mais ampla, o que nos permite realizar intervenções mais assertivas nesses locais”, enfatizou Fevrier.
Nos últimos anos, o Inea vem atuando para melhorar o ambiente de negócios para a restauração florestal no estado, desenvolvendo protocolos mais claros e bem estruturados, baseados em percepções visuais e práticas, além de investir na comunicação, disponibilizando modelos e informações acessíveis em meios digitais.