A Secretária de Estado do Ambiente e Sustentabilidade (Seas), trouxe para os palcos do Rio Innovation Week, nesta quinta-feira (14/8), a Superintendente de Resíduos Sólidos e Economia Circular, Mona Rotolo, para falar sobre o mercado de biometano e seu papel estratégico na mitigação das mudanças climáticas.
Na ocasião, a Superintendente apresentou o plano para melhorar o gerenciamento de resíduos orgânicos para mitigação de metano, elaborado em 2024, especialmente para o Estado do Rio de Janeiro pelo United States Environmental Protection Agency – EPA e foi entregue agora em 2025. O documento foi elaborado a partir de planos estaduais já existentes e que visam fortalecer a valorização dos resíduos orgânicos, estimular a compostagem e ampliar a vida útil dos aterros sanitários no Estado do Rio de Janeiro.
Segundo ela, a gestão de resíduos sólidos vai muito além da questão ambiental.
— Apesar de sempre termos a meta de coleta de resíduos, não é apenas um problema do ambiente, mas um problema sanitário e de saúde pública também — destacou Mona.
O trabalho da Superintendência inclui iniciativas voltadas para a economia circular e para a transformação de resíduos orgânicos em biometano, combustível renovável que contribui para reduzir as emissões de gases de efeito estufa e gerar energia limpa. Essas ações estão alinhadas às metas estaduais de sustentabilidade e mitigação climática, fortalecendo o protagonismo do estado do Rio de Janeiro na transição para uma economia de baixo carbono.
Às 16h, no palco 33 do armazém Kobra, a mesma “Natureza que Gera Valor: Financiamento Inovador para Escalar e Restaurar”, com a presença de representantes de diferentes empresas. O superintendente de Mudanças do Clima e Florestas, Telmo Borges, mediou a discussão sobre os recursos financeiros (públicos e privados) destinados à restauração da Mata Atlântica. Foram abordadas as iniciativas Floresta Viva, Restaura Amazônia e Inova Sustentabilidade.
Durante o debate, foi analisada a situação da Mata Atlântica no Rio de Janeiro, comparando a vegetação atual com a original e apontando perdas significativas. Discutiu-se a relação entre as florestas e seus benefícios, políticas públicas e dados científicos. Telmo também abordou a necessidade de incluir a questão florestal como parte da solução para os desafios climáticos, citando os riscos enfrentados pelo Rio de Janeiro e descartando soluções “mágicas”. A conclusão foi clara: a solução passa, necessariamente, pela floresta.
Telmo Borges destacou as metas do programa Florestas para Amanhã, que já investiu R$ 60 milhões e anunciou o lançamento de um novo projeto, totalizando R$ 120 milhões em investimentos – o maior valor já destinado ao tema. Ele ressaltou a importância do financiamento e da disseminação de informações para a sociedade, enfatizando o papel do Estado na educação e formação.